O pai do justo exultará de júbilo; quem tem filho sábio nele se alegra. Pr 23,24.

    Fomos tomados no dia de ontem, 14 de setembro do ano de 2022, com a notícia da renúcia de nosso ministro Geral, Frei Francisco Reis, o vigésimo terceiro deste o santo dia em que as portas da igreja habiana foram abertas aos seus humildes filhos franciscanos. A nós filhos últimos da  Santa Mãe Igreja não surpreende renuncias e mudanças, pois não nos apegamos a títulos e louros. Momentos como este nos levam a refletir as benção que Deus derrama em nossa fraternidade, que por mais simplória e silenciosa que seja a estadia franciscana em nosso seio eclesial, tem sido longa e frutuosa.

    Dentre os tantos esmoleiros de Deus que assumiram a missão de servo menor dos servos menores, poucos aproximaram-se tanto a imagem de nosso Pai fundador quanto este que o tem como onomástico. Aceitando assumir a missao que guiar seus irmão e uni-los em sua missão, o fez com diligência e modéstia. Os biógrafos do santo de Assis, dizem que o mesmo não era sacerdote e que fora reconhecido como diacono pela Igreja Romana, de mesmo modo foi nosso último condutor, que na simplicidade da diaconia conduzio cada frade, seja sacerdote, bispo ou cardeal na Nau Franciscana, atraves dos mares do Espírito Santo.

Assim, após tomarem o desjejum, Jesus questionou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes outros?” Respondeu ele: “Sim, Senhor, Tu sabes que te amo.” Jesus o encarregou: “Cuida dos meus cordeiros.” 16Outra vez Jesus lhe perguntou: “Simão, filho de João, tu me amas?” Ele afirmou: “Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.” Jesus lhe confiou: “Pastoreia as minhas ovelhas.” 17Pela terceira vez Jesus perguntou: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou angustiado por Jesus haver-lhe perguntado pela terceira vez “tu me amas”, e assegurou-lhe: “Senhor, Tu conheces todas as coisas e sabes que eu Te amo!” Comissionou-o Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas. Jo 21, 15-17.

    E tu, amado pai, se assim te posso chamar com toda a humildade, apacentaste-nos com louvor. Não houvera um momento de teu pastoreio que nós, tuas ovelhas não tenhamos sentido em ti a calorosa mão do Mestre. Mão que é fonte de cura, mas que também é berço de disciplina e ordem. Soubeste bem como conduzir o rebanho que a ti fora entregue, e jamais haveremos de esquecer-te. Fora, pois, teu onomático e prevendo a necessidade da ordem, que crescia em número, de que um ministro geral fosse eleito, que afastou-se de seus eencargos permitindo que Frei Elias de Cortona seguisse com a missão.

    Agora somo convocados a escolher, dentre nós, um novo pastor. O que não será trabalho difícil, pois não há um em nosso redil que não tenha as qualidades necessárias. Mas, exatamente por este motivo será um árduo serviço, escolher da macieira sem frutos ruins, o melhor fruto. Peçamos a Deus a Sabedoria necessária para bem o fazer, sob a luz do Espirito Santo e o olhar amoroso da Virgem Maria Rainha dos Anjos.

Dado da Cúria Franciscana, Convento de São Frei Galvão, Gabinete do Diretor Espiritual, 15 de Setembro do Ano de Nosso Senhor de 2022.


Frei João Paulo Cantalamessa, OFM
Diretor Espiritual