Reflexão do XXVI Domingo do Tempo Comum
E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. Lc 16, 26;
O Abismo do domínio pelo Material:
Diletíssimos irmãos, nas leituras deste domingo o Senhor Deus nos chama a observarmos com atenção o modo como lidamos com as matérias terrenas, nos postas sob domínio desde o gêneses e sobre as quais fomos chamados a por ordem e nomear. Desde a criação este é o designio de Deus para tudo o que é terrenos, a contar dos animais, plantas, minérios, ou até mesmo as coisas imateriais, como o conhecimento, a ciência e etc. Somo chamanos a impor nestes pontos nossas vontades que são, por essência, expressão da vontade divina.
Porém, já no gêneses há a primeira falha do propósito humano, quando Adão e Eva deixam-se iludir pela serpente e caem na desconfiança da imensidão do Amor de Deus. Acreditando que igualariam-se ao seu Amado (Deus) ao comer do fruto proibido, e iguinorando o unico pedido lhes feito (que não comessem do fruto daquela árvore) , por excesso de veneração, pois qual não seria o fã que não gostaria de ser (ao menos fisicamente) parecido com seu ídolo, encontraram-se diante da primeira fissura divino-humana, o pecado.
Nasce pois naquele momento o abismo que escancara-se descomunalmente nos dias de hoje, os vícios. Vejam, faz-se necessário compreender duas coisas antes de tudo:
Primeiro, que o abismo de que vai falar Abraão ao rico não se dá horizontalmente, como que a direita o homem rico apegado aos bens materiais, que em vida tudo possuiu e nada lhe faltou, se não as obras de caridade e do lado oposto Lázaro, homem pobre, que nada possuiui a não ser ferídas expostas a quem os animais vinham lamber. Mas sim um abismo vertical, como que um buraco ou fosso, onde no fundo encontrariamos homem e mulheres acorrentados aos seus bens terrenos materiais ou imaterias, esses seriam seus vícios que os prender e lhes roubam a liberdade e no alto do abismo, quase que como a voar, alcançando os alto dos céus com a leveza da liberdade de quem não se deixa acorrentar por vícios ou coisas menores, aqueles filhos de Deus que combateram o bom combate.
Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas. 1tm 6,12;
Segundo, que a prisão que liga o homem ao bem material não é a simples posse, pois não seria correto afirmar que apenas porque o homem tem dinheiro em sua carteira ele seria escravo do dinheiro, pois de que outra forma ele poderia comprar os alimentos que o nutrem e pagar as contas do lar, ou mesmo comprar roupas com as quais vestir-se, ou ainda práticar a caridade a qual Deus tem em predileção? Mas a prisão do vício está em se deixar dominar e comandar por estes bens, que nos foram colocados sob domínio. Por exemplo: a Usúra, quando o homem que ao ganhar algum dinheiro, em lugar de pô-lo a seu serviço (comprar alimentos saldáveis, comprar roupas, pagar suas contas, praticar a caridade) se põe a serviço do dinheiro ansiando por fazê-lo render mais com objetivos gananciosamente maléficos (deixando de se alimentar bem, vestindo-se mal, atrasando suas contas e não praticando a caridade).
De que lado do Precipício estamos:
Assim compreendendo, somo nós chamados a refletir nosso lugar nesta novela, pincipalmente nós franciscanos, filhos menores do Pai Criador, imagem rente ao pobre Lázaro. Diante do mundo habbiano em que convivemos, apegamo-nos aos bens e títulos a nós impostos, andando por aí com as mais caras vestes adornados de cores vivas sob o manto preto, pupurado ou carmim, por vezes esquecendo o marrom (não HC), andando em eventos da alta classe, passando mais tempo em gabinétes pomposos na presença de homens com canetas pesadas e solidéus exíguo? Ou nos pomos no mundo, festejando o banquede de migalhas, fazendo daquele velho hábito marrom surrado nossas veste de gala, empregando nosso tempo entre as vielas suburbana e os templos de oração e trocanto compainhas bem vestidas pelo convívio dos rejeitados, ferídos e abandonados?
Aceitemos nosso lugar no mundo, chamado ao quel fomos impelidos, para que assim possamos salvar aqueles que não compreenderam o perigo de seus atos, pois Lázarp não poderia voltar para salvar os irmãos do homem rico, mas para aqueles (irmãos) haviam os profetas. Coloquemo-nos da incubência profética deste anúncio, para que aqueles que ainda podem buscar suas remissão a encontre.
Dado da Cúria Franciscana, Convento de São Frei Galvão, Gabinete do Diretor Espiritual, 25 de Setembro do Ano de Nosso Senhor de 2022.
Frei João Paulo Cantalamessa, OFM
Diretor Espiritual